Esta comunicação oral pretende construir uma reflexão sobre corpos trans não-bináries e suas imagens, aparições, desaparições. Ser não-binárie é residir em um território inimaginável dentro do olhar ocidental. É preciso, portanto, produzir chão, tecer histórias, construir locais para que as existências trans não-bináries se tornem possíveis. Seja através da língua, da arte, das imagens, dos textos, da revolta. Como fabular o ininteligível? Como lidar com uma ofensiva política contra as nossas vidas? Sugiro nesta fala, a afirmação da estranheza, do desencantamento cishetero, de uma nova possibilidade de conceber o gênero. A não-binariedade como potência teórica, intelectual, subjetiva e, sobretudo, queer.