O objetivo desta comunicação é problematizar, no campo da saúde mental, de como sujeitos das dissidências em sexualidade e gênero, identificados como lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, intersexos e mais (LGBTI+) foram tratados pela ordem médico-psiquiátrica, em uma perspectiva histórica e como as questões contemporâneas para se pensar o sofrimento psicossocial e de saúde mental hoje destes sujeitos, levando em consideração a LGBTIfobia estrutural no contexto atual da bionecropolítica ultraneoliberal e racistas, bem como os discursos de ódio levado à cabo pelas ofensivas conservadora, antigênero e anti-LGBTI+. A pesquisa em curso trata destes processos históricos em que as pessoas dissidentes em sexualidade e gênero foram submetidas, socialmente, pelos poderes no transcurso da humanidade, com suas vidas sendo rotuladas, marginalizadas e discriminadas como pecadoras, criminosas, abjetas, degeneradas e loucas. Como, no processo político e social contemporâneo, situa, apesar dos tímidos avanços, como que tais sujeitos enfrentam as precárias políticas públicas específicas e direitos de cidadania. Observa-se que a maioria da população LGBTI+ apresenta vulnerabilidades frente as suas necessidades de saúde e saúde mental. É público e notório a ausência de políticas públicas de Estado para a população LGBTQI+, precisamente, de saúde mental. Este é um processo histórico que tais sujeitos sempre se encontraram, com suas existências e resistências, frente à patologização, invisibilização, silenciamento e aniquilamento de como o Estado percebe esta população usuária dos serviços de saúde. É mister uma atitude ético-política e interseccional em defesa da vida, dos corpos e das subjetividades das dissidências