Este trabalho, fruto de uma pesquisa de Pós-doutorado em Educação, buscou discutir a participação política de jovens estudantes que se identificavam com o gênero masculino nos grêmios e coletivos do Colégio Pedro II - instituição de educação pública federal, localizada no estado do Rio de Janeiro e reconhecida por favorecer uma formação política de destaque na educação básica. Para problematizar as questões das masculinidades no ativismo estudantil, bem como a intersecção das categorias masculinidade e juventude, busco fundamentação numa perspectiva teórico-política pós-estruturalista por autores como Jacques Derrida, Judith Butler, Sirma Bilge e Ernesto Laclau. Foram produzidas narrativas, por meio de entrevistas coletivas, com jovens estudantes-ativistas de 2 campi do Colégio Pedro II – Niterói (ensino médio), São Cristóvão 2 e 3 (segundo segmento do ensino fundamental e ensino médio, respectivamente) - entre os meses de setembro e dezembro de 2019. As narrativas foram produzidas pelos princípios de Leonor Arfuch. Entre os resultados, constatou-se que, hegemonizações parciais e contingentes das masculinidades entre os jovens estudantes-ativistas do Colégio Pedro II podem trabalhar para a ressignificação de modos outros de ser homem, como um horizonte porvir nas lutas à favor da equidade de gênero, favorecida por essa abertura à participação política na escola.