As masculinidades hegemônicas hoje no brasil são resultado de uma construção colonial que há muito tempo vem ganhando forma no país e tem, em sua formação, alianças e compromissos com estruturas como o racismo, a heterossexualidade e o patriarcado. Diante disso é imprescindível pensar que a elaboração dessas masculinidades reverbera socialmente na vida de corpos subalternos como é o caso das bixas pretas que carregam em si vivências de corpos negros somados com as experiências de se ser homo ou bissexual. Portanto, a partir de uma revisão da literatura aliada ao princípio da interseccionalidade como anseio metodológico, buscou-se com este trabalho perceber os enlaces da construção dessas masculinidades na construção de imagens de controle social da bixa preta e como isso pode reverberar em suas vivências. Portanto, a dupla diáspora experienciada por esses indivíduos diante da masculinidade realça estigmas, perpetua preconceitos externos e internalizados e compactua com violências que podem reverberar em adoecimento físico ou mental.