Introdução: A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT+) objetiva a eliminação do preconceito institucional nos serviços de saúde, com ênfase na formação e capacitação de profissionais para auxiliar no atendimento desta população, no entanto, para transexuais e travestis, este acesso continua negligenciado. Objetivo: Verificar o perfil, a formação acadêmico-profissional em saúde e seus saberes acerca das especificidades da Identidade de Gênero. Materiais e Métodos: É uma pesquisa quantitativa observacional de cunho transversal, realizada com profissionais da saúde atuantes da Região dos Caetés (Amazônia Oriental – Pará), foram coletados dados em um questionário semi-estruturado de forma online pelo Google Forms, Março a Agosto de 2021. Resultados: A amostra composta de 73 participantes, sendo 82,19% do sexo feminino, 100% cisgênero, com idade média de 32,37±7,80 anos, declarados católicos (65,75%); maioria de profissionais de saúde da Enfermagem (34,24%), atuantes na Atenção Terciária (50,68%), de tempo médio de atuação de 6,24±6,30 anos. Os voluntários relatam não compreender a diferença entre pessoas Cisgênero e Transgênero (57,53%) e não possuir formações sobre Identidade de Gênero ou Atendimento à Pessoas LGBT+ (79,45%), entretanto 87,67% compreendem a importância de formações sobre a temática no atendimento desta população. Conclusão: A formação acadêmica e permanente dos profissionais da saúde ainda carece de ensinamentos sobre a temática estudada, ponto fundamental no cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) dos cursos da Saúde, da Política Nacional de Educação Permanente e principalmente da PNSILGBT+.