A maré das censuras contra as sexualidades não-normativas e suas expressões artísticas já tentava arrastar às profundezas do inalcançável ao público livros, peças de teatro e músicas durante a ditadura militar brasileira, fenômeno histórico endereçado por autores como Deonísio da Silva e Ronaldo Costa Couto. Por entre a pós-pandemia da COVID-19, vivemos um agitado mar de prenúncios da censura às expressões de diversidade sexual e de gênero agressivo pela violência no país. Entretanto, encontramos na comunidade online, do DIY, e na cultura pop entre 2013-2023, resistência com assistência das tecnologias computacionais e de informação à diversidade cultural da comunidade LGBT+ no Brasil – uma poderosa aliada contra as mudanças climáticas políticas neoliberais e conservadoras segundo Wendy Brown e Paul Preciado. O presente texto procura traçar por interdisciplinaridades teóricas e estudos de caso a importância das tecnologias midiáticas – era da informação por Gere, Bentley e Dalla Costa – para a resistência LGBT+ no Brasil seguindo panorama histórico da ditadura militar brasileira, com foco entre 1964-1985, e o presente pré e pós-pandêmico, período de abertura à diversidade brasileira para a mídia popular e contracultura online entre 2013-2023, em meio aos atuais ataques a democracia e a identidade cuir no país