Vivemos em um mundo muito abundante em imagens audiovisuais, sendo que grande parte delas está relacionada ao uso de tecnologias midiáticas emergentes. Além disso, nota-se que o universo imagético e cultural do aluno está ligado ao seu cotidiano, na sua vivência e seu entretenimento. Porém, o currículo da disciplina de arte costuma dar pouca ênfase à linguagem audiovisual. O objetivo deste trabalho visa atender às demandas de docentes e discentes por maior acessibilidade e adequação pedagógica destas tecnologias ao processo de ensino e aprendizado. Apresenta-se, então, uma proposta de pedagogia do audiovisual para o ensino de arte por meio de um diálogo contínuo e plurimidiático entre pintura, cinema e realidade virtual. Toma-se como base a Abordagem Triangular de Ana Mae Barbosa para a elaboração de uma pedagogia intermidiática para o ensino de arte, por meio da linguagem audiovisual. Amplia-se seus três eixos originais (apreciar, contextualizar e praticar) para cinco eixos (contextualizar, apreciar, ver, refletir e fazer), ao incluir-se a realidade virtual na metodologia cíclica da abordagem original. Denomina-se esta proposta como abordagem pentagonal, que almeja um maior engajamento dos alunos no ensino artístico a partir do audiovisual. A partir de aplicações práticas da abordagem em sala de aula, nota-se que uma pedagogia do audiovisual promove um ensino de arte emancipador dos pontos de vista artístico, social e cultural. Além disso, com ela, pode-se apontar um caminho estrutural que vise uma assimilação mais adequada das tecnologias educacionais, de modo que evite-se possíveis polarizações entre um excessivo fetichismo tecnológico e uma acalorada tecnofobia.