A conjuntura na qual a educação brasileira foi se inserindo nos últimos anos, serviu de estímulo e justificativa para a realização deste estudo, o qual buscou pesquisar se professoras e professores reconheciam as tentativas de censura, de controle e de criminalização docente estimuladas pelos discursos de grupos neoconservadores e se esses produziam impactos sobre o trabalho docente. Como objetivo principal, este estudo buscou analisar se o trabalho pedagógico sofreu implicações a partir dos discursos disseminados por esses movimentos neoconservadores com relação aos conteúdos e material didático e de que forma isso ocorreu. Para este evento foram selecionadas partes da análise, nas quais a relação entre os interesses neoconservadores e neoliberais foram evidenciadas pelo professorado participante deste estudo. Alguns conceitos foram essenciais, como, por exemplo: autonomia docente, vinculada à educação crítica e à convicção de que a educação deve proporcionar possibilidades de produção de conhecimentos e de “criação de espaços participativos", para que sejam partilhados e oportunizem a emancipação dos sujeitos; e educação crítica, que propõe discutir as relações entre as estruturas de poder existentes na sociedade.