Com o processo de senescência, que é algo natural, o indivíduo fica mais suscetível a desenvolver agravos relacionados à saúde, o que se intensifica com o consumo alimentar inadequado e a presença da inatividade física, influenciando na saúde de idosos e contribuindo para uma maior incidência de excesso de peso e o acometimento por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT’s). Dessa forma, o objetivo do trabalho é investigar a relação entre os marcadores de consumo alimentar e o estado nutricional do idoso. Este é estudo transversal desenvolvido com dados fornecidos pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. A amostra compreendeu todos os indivíduos com 60 anos ou mais do estado do Rio Grande do Norte de janeiro a agosto de 2023. Assim, o sistema fornece dados de estado nutricional e consumo alimentar na forma de números absolutos e suas relativas porcentagens, os quais foram avaliados no estudo. Adiante, como resultados temos que o sobrepeso apresentou maior incidência, sendo de 53.46% dos indivíduos. Ademais, sobre o consumo alimentar, 94% realizavam às 3 refeições por dia, 23% tem hábito de comer vendo TV. Em relação aos alimentos de origem natural, houve um consumo de 88% de feijão, 76% de fruta(s) e 79% de verdura(s) e legumes(s). Sobre os alimentos ultraprocessados, 16% realizou a ingestão de biscoito recheado, 19% de embutidos e 19% de macarrão instantâneo. O consumo de bebidas adoçadas totalizou 29%. Conclui-se que pode haver relação entre o sobrepeso apresentado com o consumo de ultraprocessados. Entretanto, ao analisar os dados existe uma grande discrepância entre a quantidade de indivíduos cadastrados no estado nutricional e no consumo alimentar, sendo 47.456 e 2.149, respectivamente. Sendo vista uma fragilidade no sistema da Vigilância Alimentar e Nutricional quanto ao consumo alimentar. Assim, se faz necessária a investigação do consumo alimentar da população, para uma melhor análise.