As quedas acidentais são consideradas problemas de saúde pública e responsáveis por grande parte dos gastos do Sistema Único de Saúde com a população idosa e a diminuição da sua funcionalidade. Objetivo: Verificar a custo-utilidade de um programa de teleatendimento para a gestão de quedas de idosos da comunidade e se este é economicamente viável na Atenção Primária à Saúde (APS). Método: Ensaio clínico controlado randomizado, unicêntrico, grupo paralelo. Os idosos da comunidade e com histórico de ao menos duas quedas no último ano foram distribuídos em dois grupos: O Grupo Intervenção (GI), submetido a 16 semanas de gestão de casos com acompanhamento semanal, e o Grupo Controle (GC), que não realizou qualquer intervenção e foi encorajado a manter sua rotina. Para a avaliação econômica completa, foi realizada uma análise de custo-utilidade sob a perspectiva do SUS e horizonte temporal de 1 ano. O desfecho principal foi o QALY, mensurado por meio do questionário EuroQol-5D-3L. Foi realizado um cálculo de razão de custo-efetividade incremental, considerando os custos e os efeitos comparativos entre o GI e o GC. Resultados: As análises apresentam uma relação de custo-efetividade incremental favorável. O resultado do ICER foi de R$3.323,00 por QALY ganho (razão calculada do ICER foi de R$ 43,39 por 0.0131 QALY ganho para o GI). Conclusão: Com base nos dados coletados e nas análises realizadas, há evidências que sugerem que a intervenção utilizada no programa MAGIC, realizado de maneira totalmente remota, é economicamente viável e tem potencial para integrar as equipes de atenção primária no combate aos acidentes por queda. Palavras-chave: Idoso; Envelhecimento; Acidentes por quedas; Avaliação de Tecnologias em Saúde; Custos de Programas.