A religião, assim como a morte, ocupa um lugar importante na história da humanidade, cujo impacto, nas sociedades, é imensurável. Este estudo tem por objetivo analisar, a partir de uma revisão narrativa da literatura, a relação entre religião e saúde mental de pessoas idosas ao lidar com o processo de finitude e a morte. Sendo o foco a saúde mental da população idosa, preconizou-se um olhar psicossocial do envelhecimento e da morte, advindo da Psicologia Social, evitando o reducionismo intrapsíquico. O artigo se caracteriza como uma revisão narrativa da literatura, a qual foi realizada a partir de plataformas digitais para captação dos referenciais teóricos, tais como SciELO, Google Acadêmico e artigos acadêmicos universitários disponíveis em repositórios, revistas e/ou periódicos. Inicialmente, foi explanado a definição de religião, as diferentes religiões existentes e suas respectivas visões sobre a morte, bem como, as narrativas de pessoas idosas que experienciam o envelhecimento e a aproximação da morte. Depois, discorreu-se sobre conceito de envelhecimento que considera sua dimensão biológica, psicológica e social. Além disso, discutiu-se sobre a percepção da pessoa idosa e da velhice de acordo com a sociedade e a cultura. Relacionado a isso, destacou-se as implicações psicológicas para as pessoas idosas que lidam com a morte e seu processo, assim como os outros fatores que atravessam essas questões, como a situação socioeconômica e a solidão de uma sociedade individualista. A partir da literatura analisada, observou-se que as religiões podem contribuir, significar e ressignificar os processos de finitude e morte. Conclui-se que o tema é de extrema complexidade e deve ser tratado com seriedade, levando em consideração as experiências pessoais das pessoas idosas, principalmente diante do tabu social, estigma e angústia que cercam a morte, o morrer e o envelhecimento.