As doenças cardiovasculares representam o principal grupo de doenças crônicas não transmissíveis, sendo a primeira causa de morbimortalidade no Brasil e responsáveis por um terço das mortes mundiais. A insuficiência cardíaca (IC) é a principal causa de hospitalização em idosos definida como síndrome clínica crônica e progressiva caracterizada pela perda da função cardíaca de bombear sangue para atender as necessidades corporais. Diante deste contexto, toma-se como objetivo identificar o perfil sociodemográfico e clínico de pessoas idosas com IC assistidas em um ambulatório de especialidade cardiovascular. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, realizado em um hospital da rede federal de ensino de uma capital do Nordeste do Brasil. Selecionaram-se pacientes com idade ? 60 anos. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Participaram 57 idosos. No tocante as variáveis demográficas, a idade variou entre 61 a 90 anos, com média de 70,9 (±7.32) anos, 56,1% eram do sexo masculino; 54,4% pardos; 61,4% casados, 86,0% aposentados e 45,6% com renda familiar de um salário-mínimo. No que concerne aos dados clínicos, 61,4% possuíam etiologia não-isquêmica, 54,4%, na classe II de acordo com a classificação da New York Heart Association (NYHA), 63,2%, em uso de diuréticos e 24,6% de betabloqueadores. Diante da representatividade da população idosa assistida no ambulatório específico de IC e da magnitude das doenças cardiovasculares, torna-se relevante estudos que abordem as condições demográficas e clínicas na perspectiva da melhoria da qualidade de vida e seguimento desta população.