O Brasil vem passando por um processo de envelhecimento da população podendo ultrapassar cerca de 43 milhões de idosos em 2031. O processo de envelhecimento está associado a mudanças em diversos sistemas no corpo como redução da massa muscular, aumento da adiposidade e redução das respostas a estímulos nervosos e da capacidade funcional. O objetivo desse trabalho é analisar a associação entre a composição corporal e a capacidade funcional em mulheres idosas. Trata-se de um estudo transversal, com uma amostra de 112 participantes. Foi realizada a avaliação da composição corporal pela absorciometria radiológica de dupla energia (DXA) e a funcionalidade medida pelo teste de preensão manual, sentar e levantar em 30 segundos, marcha usual e teste de ir e vir. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilker. A Correlação de Pearson foi utilizada para verificar a relação entre a composição corporal e indicadores da capacidade funcional. Todas as análises foram realizadas no pacote estatístico SPSS 20.0, adotando um nível de significância de p<0.05. Foram encontradas associações positivas entre a massa magra e força de preensão manual (rho= 0,391; p < 0,01), massa muscular apendicular superior e força de preensão manual (rho= 0,429; p<0,01), massa apendicular total e força de preensão manual (rho= 0,405; p<0,01) índice de massa muscular e força de preensão manual (rho= 0,279; p<0,01), e associação negativa entre a massa gorda e o teste de sentar e levantar (rho= -326; p<0,01), não foi encontrada associação entra a massa magra e o teste de sentar e levantar (rho= -0,086; p= 0,36). Pode ser destacada que a massa muscular está associada a força de preensão muscular, no entanto, não se associou com o desempenho no teste de sentar e levantar, indicando que há uma relação maior entre a massa gorda e a capacidade funcional.