Introdução: A incidência de internações de pacientes com fraturas de fêmur na população idosa brasileira tende a conduzir essa parcela populacional para a dependência funcional, o sofrimento e a morbidade elevada; sendo sua evolução um fenômeno crítico. Nesse contexto, o estudo do perfil das internações demonstra relevância significativa para práticas de prevenção primária. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das internações por fratura de fêmur entre a população idosa no Brasil, considerando o triênio de 2020 a 2022. Método e Materiais: Estudo ecológico em série temporal com dados obtidos pelas internações cadastradas no Sistema de Internações Hospitalares do SUS (SIH/DATASUS). A busca foi filtrada pelo CID-10, para a condição “Fratura de Fêmur”, nas faixas etárias acima de 60 anos e com divisões entre as Macrorregiões do país. A análise dos dados foi realizada com o programa estatístico Excel 365. Resultados: Foram incluídos dados de 201.147 internações. Observou-se a evolução crescente do número de hospitalizações no Brasil de 2020 a 2022. No que tange à divisão por regiões, nota-se o destaque quantitativo no Sudeste e no Nordeste. Na avaliação do perfil de sexo, foi ratificada a discrepância entre os internados - sendo 31,8% do sexo masculino e 68,02% do sexo feminino. A categorização de Cor/Raça dos pacientes revela maior número de Brancos (42,7%) e de Pardos (34,3%); totalizando 77% do número de internações. Conclusões: É de suma importância considerar estratégias para a prevenção de fratura de fêmur em idosos, visto o aumento no número de casos de internação nos últimos três anos relacionados a essa condição. Principalmente, deve-se considerar a maior prevalência em idosos do sexo feminino, na faixa etária a partir de 80 anos, Brancos/Pardos e residentes nas regiões Sudeste e Nordeste.