O presente texto tem como principal enfoque a compreensão potencial do espaço escolar fora da sala de aula para auxiliar o processo de ensino-aprendizagem sobre conceitos articulados ao espaço vivido dos alunos em turmas do 6º ano da E.M.E.I.E.F. Cecília Estolano Meireles, localizada no loteamento de casas populares na cidade de Cajazeiras, município situado na região semiárida do estado da Paraíba, observando-se a partir das discussões e práticas docentes proporcionadas pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID – Subprojeto: Geografia-Cajazeiras), no qual o espaço da sala de aula limita a compreensão de conceitos abstratos e de diferentes escalas como as dinâmicas do planeta Terra e a compreensão da orientação cartográfica onde o aluno é o referencial. Pensando neste desafio de realizar uma prática pedagógica com os alunos para uma interpretação dos conteúdos na realidade, os procedimentos metodológicos para realizar desde a proposta e planejamento até a execução e a reflexão recebida após a experiência foram desenvolvidos através da análise do entorno escolar pelo docente e de bases bibliográficas voltadas a metodologias de ensino na área de geografia e da cartografia escolar. As atividades foram praticadas com os alunos no próprio pátio da escola, que possibilitou acionar procedimentos de orientação solar em diálogo com conteúdos como os pontos cardeais e colaterais na orientação cartográfica e o fenômeno do movimento aparente do sol causado pelo movimento de rotação da Terra. Verificou-se o aproveitamento e um envolvimento dos alunos na atividade, revelando a importância da espacialização do entorno escolar e a completa ciência da diversidade dos alunos pelo docente na identificação de potencialidades de uso dessa abordagem como ferramenta metodológica no ensino-aprendizagem para entendimento prático dos conceitos e linguagens discutidos em teoria na sala de aula, estimulando na interpretação autônoma do espaço vivido através da própria realidade e percepção.