Diante da expansão do ensino superior, resultante da implantação de políticas públicas de ampliação do acesso, às discussões sobre a democratização, permanência, diplomação e evasão ganharam destaque no cenário nacional. Este trabalho tem como objetivo compreender as causas da evasão no curso de Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). O estudo baseou-se em teóricos como Fritsch (2015), Baggi e Lopes (2011), Tinto (1995, apud JUNIOR 2015), Gibson (1998), Hoffmann; Nunes e Muller (2020), Moura; Mandarino e Silva (2020), Zago (2006), Gatti et al (2019). A perspectiva metodológica adotada consistiu em uma abordagem quantitativa e qualitativa. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário online no Google Forms enviado por e-mail, além da realização de duas entrevistas semiestruturadas via Google Meet. Os resultados revelaram a predominância dos evadidos que desistiram do curso devido às questões relacionadas ao trabalho e/ou tempo insuficientes/incompatíveis com os estudos. As relações entre trabalho, tempo e dinheiro merecem atenção especial por parte dos órgãos superiores da educação, tanto no que diz respeito ao fenômeno da evasão quanto à garantia democrática de acesso e permanência nas universidades brasileiras. A democratização do acesso à Educação Superior, para além da ampliação das vagas nos cursos de graduação, requer a promoção de uma ampla política de assistência estudantil. Esta deve contemplar tanto os aspectos materiais, como a oferta de bolsas, moradia e alimentação, como também os aspectos cognitivos relacionados à construção do ofício de estudante.