As concepções sobre as infâncias, apresentam-se em crescentes mudanças diante de um caminho de construção gradativa de significados articulados a partir de processos históricos nas dimensões políticas, sociais e educacionais, que buscam compreender a criança como sujeito de direito e de visibilidade social. Os estudos da sociologia, avançam num processo que compreende as infâncias e as crianças, como protagonistas das mudanças sociais, a partir de uma construção coletiva processual e contínua que se estabelece no contexto das suas realidades e experiências na sociedade, as quais estão inseridas. Neste sentido, aponta-se o direito das infâncias à educação, comprometida com o seu desenvolvimento e respeito às particularidades das crianças de 0 a 6 anos. Adentrar no debate que diz respeito às crianças far-se-á uma reflexão acerca das infâncias campesinas e as suas especificidades. O presente artigo, objetiva-se analisar o parâmetro temporal de 2014 a 2021 a oferta de matrículas na educação do campo em creches e pré-escolas na rede municipal de ensino de Ipojuca -PE. Esta pesquisa de carater qualitativo, se constitui a partir da base de dados do SEI — Sistema Escolar de Ipojuca e ampara-se metodologicamente por autores que abordam a sociologia das infâncias e documentos oficiais que regem as políticas educacionais na educação do campo como também na modalidade da educação infantil. Assim, tomando a educação como direito universal, pôde-se analisar o mapeamento da oferta das matrículas na educação do campo para crianças pequenas, numa perspectiva do acesso e da permanência nos espaços escolares no contexto das infâncias campesinas.