Para onde apontam as vozes da Amazônia silenciadas pelo processo violenta de colonialismo e racismos desenhados ao longo do que se conhece como história do Brasil? Essa é uma das razões pelas quais o Núcleo de Estudos afro brasileiros –NEAB/UEA desenvolve projetos de inciação e de extensão junto as povos e comunidades tradicionais da fronteira Amazonas/Pará. Olhamos para tais trajetoórias como oportunidades de potencializar reflexões sobre implemtnetação de politicas de reparações histórias que nem sempre são respeiradas nos confins da Amazônia profunda como é o caso da Universidade do Estado do Amazonas. Assim, a partir da metodologia da História Oral ( ALBERT, 2011, Meihy, 2005), o presente artigo apresentar trajetórias acadêmicas quilombolas e indígenas, destacando os desafios e lutas para permanecer nas IES. Registra-se suas memórias de si acerca de seus itinerários de vida nas comunidades e na universidade, as dificuldade e desafios em manter-se no curso superior. visto que, saem dos seus “lares”, a terra do outro, torna-se estranho, sendo difícil a adaptação. Muitos destes contam com apoio das bolsas (extensão, Pibid, Paic). Percebeu-se que a universidade ainda precisa dar visibilidade aos povos quilombolas e indígenas, que é necessário romper silêncios e barreiras e avançar para respeito as políticas de reparações, percebemos ainda que há um processo de mudança quando se discuti povos tradicionais, devido ao desconforto diante de algumas situações. Em razão disso, abrir diálogos ou outros processos que contribuam para uma educação voltada a esses povos e que busque compreender a vida destes, será uma oportunidade para que se possa garantir os seus direitos e deveres dentro ou fora da Universidade. Como base para este trabalho, considerou-se os autores, Triviños (1928), Meihy (2002), Gil (2000); Silva e Rocha (2016); Rocha, (2019).