A presente pesquisa trata-se de um estudo qualitativo, com coleta de dados através da aplicação de um questionário aos professores de Ciências da Natureza, partindo de um estudo bibliográfico para conhecer o estado da arte da alfabetização científica nas escolas de tempo integral, bem como o estudo dos documentos que subsidiam o ensino nas escolas integrais em Mato Grosso. A análise dos dados coletados foi realizada com base em Bardin (2011). Esta investigação tem por objetivo compreender como a alfabetização científica está inserida na educação em tempo integral e a sua contribuição na formação integral dos estudantes. Para tanto, foram utilizados como aporte teórico autores como Chassot (2011), Soares (2010), Sasseron (2011) e Bizzo (2013). Tendo em vista que a educação em tempo integral visa o desenvolvimento integral do estudante, a alfabetização científica desempenha um papel fundamental, pois contribui significativamente na transformação dos estudantes em pessoas mais críticas, autônomas e competentes para atuar na melhoria da sociedade. Os resultados revelam que a alfabetização científica ganha mais espaço nas escolas integrais por estar presente diretamente em componentes curriculares da parte diversificada que abordam o pensamento científico já no 6º ano do ensino fundamental. Desta forma, os estudantes iniciam o contato direto com a pesquisa e investigação ainda no ensino fundamental, aprofundando os conhecimentos a cada ano. Segundo os professores é possível observar um grande interesse dos estudantes pelas ciências e com isso, introduzir a alfabetização científica de forma prazerosa na vida dos estudantes, desenvolvendo a criticidade, criatividade e protagonismo.