RESUMO A implementação da estrutura do Novo Ensino Médio (NEM), legitimada pela Lei 13.415/2017, engendrou transformações estruturais de concepção e de práxis docente. Estas consolidaram a ordenação das disciplinas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) por áreas do conhecimento, a inserção dos Itinerários Formativos − que são escolhidos pelos próprios estudantes − e outorga, de vez, o estudante como protagonista de seu processo de aprendizagem. Essa reforma foi embasada na compreensão de que os jovens passaram por mudanças de perfis, e em sua forma múltipla e plural, precisam de uma escola que “acolha as diversidades, promovendo, de modo intencional e permanente, o respeito à pessoa humana e aos seus direitos” (Brasil, 2018), fomente a universalização ao atendimento, propicie a permanência do jovem no Ensino Médio, oportunize a reorganização curricular e a educação integral. Essa perspectiva é endossada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (DCNEM/2011), as quais ratificam que “o ensino médio deve trabalhar” para esse público. O NEM SESI/SENAI RJ, apresenta proposta com horário integral (4 200 h, sendo 1 400/série), que assegura “a oferta de variados itinerários formativos para atender à multiplicidade de interesses dos estudantes − o aprofundamento acadêmico e a formação técnica profissional” −, preconizada pela BNCC (2018). Para efetivar essa transformação estrutural, a práxis docente requer um fazer pedagógico em prol de uma juventude que tenha garantida “a contextualização dos conhecimentos, articulando as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura” (Brasil, 2018). Decorre daí, que o docente no NEM deve ser instigador, pesquisador, inquieto, aberto ao diálogo e a novas possibilidades de aproximação ao conhecimento. As Escolas SESI-RJ implementaram o NEM, em 2022, em total diálogo com esse novo cenário. Assim, este trabalho pretende apresentar a renovação estrutural da proposta curricular e a ressignificação da práxis docente empreendidas na Rede SESI RJ.