Artigo Anais IX CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

ESTÁGIO NA EJA EM ESCOLA DA REDE PÚBLICA DENTRO DE UMA UNIDADE PRISIONAL EM PERNAMBUCO: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE

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Publicado em 11 de dezembro de 2023

Resumo

Este pôster tem o objetivo de apresentar um relato de experiência na formação inicial de professores durante estágio supervisionado na Educação de Jovens e Adultos (EJA). A ação docente foi realizada por universitários matriculados no semestre 2022.2, na disciplina de Pesquisa e Prática Pedagógica 7 (PPP7), do curso de Pedagogia, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), como proposta de promover o intercâmbio, durante o processo formativo, entre o que se teoriza e o que se pratica, já que articular um repertório de saberes práticos e teóricos adquiridos durante a formação, se faz necessário para mediar situações pedagógicas que integrarão a futura atuação profissional dos estudantes. Com base na compreensão e discussão de documentos legais norteadores da educação básica brasileira e teorias referenciadas em Oliveira (2010) e Pimenta (2012), os estagiários partiram de observação da rotina escolar situada em uma Colônia Penal Feminina; entrevistas dialógicas com gestores, professores e alunas em situação de privação de liberdade; análise do projeto político-pedagógico da unidade de ensino, até a execução das três regências de aulas, articulando a temática central do “Empoderamento Feminino” com conteúdos transversais e multidisciplinares envolvendo componentes curriculares de Língua Portuguesa, Matemática, Artes e História; com o intuito de ampliar os repertórios político, social, econômico, artístico e cognitivo das reeducandas. O estágio foi percebido como um momento enriquecedor ao reconhecer a importância da Educação de Jovens e Adultos como instrumento emancipador, de resgate da cidadania e de promoção do poder daquelas que dela se beneficiam. Também se fez oportuno compreender o potencial transformador da EJA dentro do sistema prisional, quando há esforço mútuo entre equipes de gestores e professores, como ferramenta da gestão democrática, refletindo em clima e cultura organizacionais escolar, favoráveis para o engajamento do corpo discente privado da liberdade, para um objetivo-fim que vai além da redução da pena.

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