ALENCAR, Ozana Da Silva. Discalculia: um obstáculo vencível. Anais IV ENID / UEPB... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/10085>. Acesso em: 21/12/2024 00:05
No âmbito escolar diversos obstáculos são extremamente observáveis, outros por serem mais camufláveis tornam-se menos perceptíveis, mas a vívida certeza é que em ambos os casos somos sabedores da sua existência. Através do contato proporcionado pelo PIBID-URCA com o ensino público na E.E.F. Pref. Dr. Mozart Cardoso de Alencar, localizada em Juazeiro do Norte-CE, vieram a tona alguns empasses pelos quais passa a educação, e então surgiu o estímulo para compreendê-los e o desejo de solucioná-los. Dessa forma o presente trabalho apresenta-se numa perspectiva que transcende a mera consciência passiva da existência de empecilhos. Objetiva ampliar o entendimento conexo ao tema abordado e apresentar soluções alternativas. Um exemplo plausível destes problemas que intervêm negativamente no processo de ensino-aprendizagem da Matemática é a Discalculia. Conhecida por muitos apenas superficialmente a palavra discalculia origina-se no grego dýs e calculare, cujo significado em suma é dificuldade ao calcular. Dificulta a decodificação (léxica) e a escrita (gráfica) de símbolos matemáticos, pode impedir as operações mentais (ideognóstica), operações com cálculos numéricos (operacional), a adaptação à linguagem matemática (verbal), e as manipulações de quantidades concretas ou abstratas (practognóstica). Para alguns estudiosos a discalculia consiste em uma desordem neurológica, epidemiológica ou genética. Os sintomas (confundir: operações e sinais matemáticos, direita e esquerda, sentido geográfico, ordem crescente e decrescente, sequência numérica, dentre outros), são perceptíveis já nas séries iniciais, entretanto o diagnóstico eficiente requer a tentativa de assimilação de conceitos mais específicos do que os vistos outrora. Deve-se salientar que o comportamento durante as aulas reflete as dificuldades enfrentadas, não é questão de preguiça, deficiência mental, auditiva ou visual, trata-se de inaptidões mediante atividades propostas pelo professor. Para reverter este cenário indesejável o professor na sua função de mediador entre o conhecimento e o aluno, assume aqui extrema responsabilidade, na medida em que pode e deve observar as vulnerabilidades dos alunos, e caso estas se assemelhem com a discalculia deve junto à escola e à família recorrer à ajuda de profissionais como psicólogo e psicopedagogo. Ao professor cabe também diversificar as atividades, inovar metodologias, a fim de que o aluno se adapte à disciplina e por fim consiga transpor este obstáculo. Mediante o enfoque entendemos que as inabilidades de aprendizagem estão presentes em nosso meio, e que conhecê-las é tão importante quanto solucioná-las, pois se trata de processos similares que acontecem simultaneamente. Passamos a idealizar a escola como um ambiente que engaja pessoas que embora tenham dificuldades para aprender, possuem potenciais inestimáveis. E por fim percebemos que é sob a ótica de um educador informado e inovador que um aluno com discalculia necessita ser visto.Palavras-chave: Educação matemática, educador, discalculia.