A presente pesquisa tem como objetivo analisar os signos, símbolos e imagens presentes em Gone with the Wind (1939), que posiciona a sua protagonista, Scarlet O’Hara, como uma representação da economia dos Estados Unidos nos anos posteriores à III Guerra Civil Americana, conhecida como Guerra da Secessão. A metodologia utilizada será a Teoria Semiótica Greimasiana, de linha francesa, levando-se em consideração os estudos de Barros (2005) sobre a temática. A fundamentação teórica será norteada pelos estudos de Karnal (2007) e Lepore (2018), sobre as referencialidades históricas concernentes à Guerra da Secessão Americana e os anos posteriores, de reestabelecimento da economia; sobre os apontamentos acerca da representação, os estudos de Chartier (1991) serão considerados; sobre as estruturas patriarcais e como o corpo feminino passou a ser visto como propriedade privada dos homens, as pesquisas de Federici (2017;2021), norterão os estudos. Como resultados, obteve-se que a implementação da inúdtsira no cerne da economia estadunidense, por meio de seus múltiplos casamentos, com homens diferentes. Com o primeiro marido, Charles Hamilton, Scarlet estabelece uma ligação com o Exército Confederado, ao casar-se com um soldado. A partir dele, a família O’Hara demonstra o seu apoio à causa ao investir recursos nela. Viúva e desamparada, casa-se com o noivo da irmã, Frank Kennedy, o dono de uma madeireira, e, pela venda de madeira podre, reestabelece a fortuna da família O’Hara, perdida na Guerra da Secessão. Com a nova viuvez, Scarlet rende-se à insistência de Rhett Butler e com ele se casa, dando continuidade aos seus negócios obscuros. Como considerações finais, obteve-se que esses casamentos referem-se às fases da industrialização do Sul dos Estados Unidos, no período como Reconstrução. A analogia utilizada comprova a necessidade da inserção feminina em negócios considerados de homens quando estes padecem em conflitos armados, como no caso da Guerra da Secessão. A ligação entre os casamentos e os negócios da família O’Hara são um resultado da apropriação do corpo feminino pelo capitalismo, tornando