Na imensidão da Amazônia há outra imensidão, os povos que nela habitam, com suas singularidades, peculiaridades, crenças, costumes e tradições, o que torna essa região tão rica quanto as outras regiões do nosso Brasil, rica em fauna, rica em flora, rica em sabedoria milenar que traz consigo conhecimento empírico sobre diversas áreas como culinária e medicina por exemplo. O estudo intitulado “A [des]valorização do cotidiano dos povos amazônidas no ensino de artes no município de Óbidos/PA” tem como objetivo geral analisar como a realidade dos povos da região amazônica da cidade de Óbidos/PA é utilizada no ensino de artes nos anos iniciais do ensino fundamental. A analise se iniciou com uma pesquisa bibliográfica, seguida de entrevistas com alguns professores atuantes na educação básica municipal, levando em consideração a riqueza populacional dos habitantes deste município, ribeirinhos, extrativistas, quilombolas e indígenas. Detectou-se que há barreiras para aulas de artes mais interativas, o que corrobora para uma delimitação referente apenas ao que vem nos livros didáticos, enquanto a riqueza que a natureza e a vida dos alunos de Óbidos é menosprezado. Faz-se necessário pensar o aluno amazônida e a realidade em que ele vive como a base para a produção artística ressignificando as aulas de artes e aceitando que como o barro é usado para a escultura e a tinta óleo para pintura de quadros, as palhas também são usadas para dar vida as obras produzidas por esses alunos e o urucu e o jenipapo para dar cores a essas obras.