A educação antirracista é um processo de constante construção, a lei 10.639/2003 e 11.645/08 são aparatos legais que permitem a discussão do ensino de cultura e história afro-brasileira e indígena dentro das instituições educacionais. Vinte anos após a aprovação da lei 10.639, ainda existem dificuldades em discutir temáticas afro-brasileiras e sobre a África, uma vez que os currículos escolares continuam engessados pelo eurocentrismo. Outrossim, muitos professores não possuem conhecimento sobre a temática. Sabemos sobre o sofrimento e perseguição que os grupos étnicos supracitados enfrentam historicamente, portanto, é imprescindível que essa discussão ocorra em sala de aula, para tanto, é importante verificar se o assunto está sendo abordado nas instituições de ensino e a forma que essa discussão acontece. Pensando nisso, propõe-se um estudo sobre o tema étnico-racial, partindo de como essa abordagem acontece nos livros didáticos. Ademais, inserir os alunos no projeto, abordando o preconceito, dentro e fora do ambiente educacional, estabelecendo conexões com expressões e atitudes racistas normalizadas pela sociedade. E, consequentemente, também problematizar acerca do racismo estrutural existente em nossa sociedade, objetivando trabalhar a inclusão e promover respeito à diversidade. A metodologia a ser trabalhada na pesquisa para referencial teórico será uma revisão bibliográfica, dando preferência a autores negros como: Ferreira (2012), Dorneles (2017) e Silva (2021), trabalhando assim a representatividade, relacionando a uma avaliação crítica das discussões étnico-raciais apresentadas nos materiais didáticos, inserindo também a participação dos alunos do 8º ano da Escola de Aplicação Professor Chaves, da cidade de Nazaré da Mata/PE, através de questionários sobre o tema.