O presente trabalho tem como foco a história local e a observação do vínculo entre a cultura material e as relações sociais a partir do legado da Estação ferroviária São Francisco como monumento. A reflexão sobre as consequências de mudanças no espaço urbano ao longo do tempo ratifica o papel de professor de história. Nesse sentido, a função do historiador descrita por Marc Bloch como o que experimenta e materializa na dimensão tempo, pode-se observar o uso desta fonte nas aulas de história para o ensino médio como prática de experimentação educativa sistematizada através de oficina audiovisual. Como referenciais teórico metodológicos relacionados à consciência histórica, educação e aprendizagem significativa em história e educação patrimonial como forma de preservação da memória e o conceito sobre o propósito do historiador, considerando passado como ponte ao futuro de possibilidades utilizam-se aqui Jörn Rüsen, Isabel Barca e Jaqueline Zarbato. Para demarcar o uso da fonte histórica local, a Estação ferroviária São Francisco, construída no século XIX, na cidade de Alagoinhas (BA) é uma referência que reflete a modificação do espaço territorial urbano na cidade constituindo-se um marco histórico regional de ligação entre a capital e o sertão baiano. Pretende-se praticar a educação patrimonial através de atividades de oficina audiovisual sobre a história local com foco no monumento, observando o uso social do espaço urbano.