Este estudo apresenta uma nova perspectiva acerca das ações potenciais que o uso da videoconferência oportunizou às defesas de mestrado no período da pandemia de Covid-19, trazendo contribuições linguísticas e tecnológicas para o empoderamento do sujeito na sua relação com os recursos que o ambiente disponibiliza. O objetivo principal deste trabalho foi conhecer a percepção dos professores do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Estadual do Piauí (PPGL-UESPI) acerca dos affordances nas defesas de mestrado mediadas por tal tecnologia no contexto pandêmico. Buscamos embasamento na teoria dos affordances, apoiando-nos também no conceito da Comunicação Mediada por Computador (CMC) e do Letramento Acadêmico. A metodologia adotada foi um estudo de caso de cunho descritivo. Elegemos como instrumento de coleta um questionário com perguntas abertas, fechadas, cujas respostas foram analisadas quanti-qualitativamente. Os resultados deste estudo indicaram que, em uma defesa de mestrado, os affordances tecnológicos e linguísticos estão inter-relacionados e garantem a conservação das características e estrutura desse gênero acadêmico na modalidade presencial, embora algumas ações comunicativas tenham se mostrado mais particulares à modalidade on-line. Também constatamos que as potencialidades da videoconferência aliadas ao conhecimento dessa atividade acadêmica e os usos linguísticos para interagir/socializar estão possibilitando cada vez mais a adaptação das defesas de mestrado ao formato on-line.