O presente estudo parte do interesse das autoras pela questão das práticas educativas, especialmente na modalidade de educação de jovens e adultos, além da inquietação por buscar compreender como acontecem algumas dessas práticas na educação não formal, especialmente, no Programa Brasil Alfabetizado. Nesse sentido, temos por objetivo discutir sobre alguns aspectos sociais e metodológicos deste Programa. Para isso, lançamos mão da metodologia de caráter qualitativo, em que foi realizada uma entrevista semiestruturada com uma professora do Programa, além de algumas análises feitas: do material didático que foi utilizado por ela; de algumas atividades realizadas no decorrer do processo de alfabetização dos alfabetizandos; e consequentemente, da prática metodológica utilizada por esta alfabetizadora. Fizemos o uso também da pesquisa bibliográfica embasada em alguns teóricos como: Gohn (2006) que discute a importância da educação não formal num sentido de complementação da educação formal; Freire (1967, 1989, 1997) que nos oferece ricas contribuições sobre a importância das palavras geradoras, da horizontalidade e do diálogo para uma prática docente consciente e consequentemente, para uma aprendizagem significativa. Por fim, consideramos este estudo pertinente por relacionar aspectos de um importante programa de alfabetização no país com a rica e subjetiva experiência de uma alfabetizadora participante do mesmo.