No Brasil, a trajetória da Sociologia foi e ainda é marcada por disputas políticas e ideológicas, explícitas nas mudanças que ocorrem em momentos históricos e nas diversas conjunturas dos regimes políticos brasileiros. O ensino de Sociologia, ora aparece na grade curricular, ora sai da grade, consolidando assim, um cenário de incerteza na implementação da disciplina., e com a adoção do Novo Ensino Médio o ensino sociológico tornou-se ainda mais propício a uma defasagem em abordagem teórica e crítica nas instituições de ensino. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo analisar, de que maneira o ensino de Sociologia em uma escola pública de Ensino Médio de Vitória da Conquista- Bahia pode ser afetado pela Reforma Curricular da BNCC, baseado na vivência de estudantes bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- PIBID, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB. Fundamentado na orientação teórica da "Teoria Crítica", sistematizada pelos pensadores da Escola de Frankfurt, o trabalho aponta a rotinização da BNCC como impasse para o alcance da liberdade social. Ao propagar uma pedagogia das competências, visando uma aprendizagem instrumental, mercadológica e fragmentária, fica evidente que a Reforma da BNCC e a implementação do Novo Ensino Médio contribuem para a ocorrência de obstáculos à emancipação social humana, aprofundando as desigualdades educacionais existentes no município baiano e consequentemente, em todo o país.