Uma das grandes conquistas dos movimentos sociais pela implementação de direitos humanos fundamentais e pela busca da pluralidade social foi a inserção dessas demandas nas políticas públicas voltadas para a educação. São reflexo desse êxito as recentes disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e a edição da Lei n. 11.645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da cultura africana, afro-brasileira e indígena em nosso país. Contudo, ainda que existam as disposições legais, é necessário identificar se os normativos são implementados de fato no cotidiano das escolas de fato e se estas os executam. O presente artigo propõe analisar os projetos da Escola Francisco das Chagas Vasconcelos, a partir do tema africanidades o qual busca aplicar a lei 11.645/08 da obrigatoriedade do ensino da cultura africana, afro-brasileiro e indígena em nosso país. Para essa análise, partimos de entrevistas com ex-alunos da Escola sobre a importância do projeto “Africanidades: Mais Que Uma Herança, Um Legado”. A LDB, a qual fomenta o respeito dos direitos fundamentais para uma sociedade justa e igualitária. No intuito de refletirmos em prol de uma sociedade justa com seus direitos e deveres assegurados, colocando em questão algumas ideias que ao longo de nossas trajetórias foram construídas sobre a educação. A partir dessa abordagem, podemos analisar neste artigo que a educação é dever da família e do Estado, isso é fundamental para desconstruir que a educação é feita somente pelas instituições de ensino.