O presente trabalho aborda acerca do componente curricular “Projeto de Vida” e suas implicações frente a BNCC, bem como apresenta apontamentos, relatos e experiências pessoais enquanto pesquisadora da educação e professora da educação básica do ensino público. Para apresentar tais analises o estudo conta com um referencial teórico acerca da temática, bem como com revisão do documento curricular em questão. Ademais a pesquisa se trata de uma investigação empírica e exploratória de caráter qualitativo, uma vez que apresenta observações participantes e ativas. A partir disso o trabalho apontou que os currículos fazem parte de uma disputa política e ideológica hegemônica que é presente no histórico do Ensino Médio brasileiro e que se aprofunda com a reforma educacional. O protagonismo juvenil foi um fator que chamou a atenção, uma vez que sugere certa responsabilização pelo sucesso e fracasso de projetos de vida possíveis diante de realidades de escolas e juventudes distintas. Além disso é notado como tem sido a formação de professores para o componente curricular que esta desassociada da realidade das realidades escolares e acometida por ideias empresariais que reforçam o caráter neoliberal na educação. Nesse sentido o trabalho trouxe importantes debates que surgiram em uma organização coletiva por parte de professores e pesquisadores em busca de debater os projetos políticos educacionais que não podem estar alheios as condições sociais e a sociologia.