Esta comunicação tem por objetivo situar a linha de pesquisa “Sociologia da Violência” como instrumento transversal de ensino na Educação Básica. O nosso objeto a ser analisado é a temática do poder, dos micropoderes, do poder simbólico, da relação entre saber e poder e como as instituições de ensino se enquadram no modelo de poder disciplinar e de controle. As sociedades de modernidade tardia ou pós-modernas se caracterizam pelas transformações nas dinâmicas das tecnologias e das relações de poder. O poder disciplinar, tão bem explicitado por Michel Foucault, foi aprimorado segundo as dinâmicas do capital. Não se trata apenas de vigiar e docilizar corpos. Agora é necessário adestrar e controlar por meio das novas tecnologias. A Inteligência Artificial e os algoritmos delimitaram uma nova forma de domínio sobre o ser humano. Cotidianamente defrontamo-nos pela velocidade e pelo volume das informações que chegam até nós pela internet. As redes sociais é nada mais que um meio de controle que, se não for bem compreendida, pode tornar-se um meio de alienação. A escola é parte integrante deste processo. Esqueçamo-nos destas instituições como espaços democráticos. É necessário resistência. Esta comunicação é o resultado de um projeto ainda em construção sobre o ensino da sociologia da violência como tema transversal no Ensino Médio. Nossos referencias teóricos serão os estudos de Max Weber, Michel Foucault, Deleuze, Pierre Bourdieu, Guy Debord e a filosofia de Byung-Chul Han.