A partir de uma discussão através de revisão bibliográfica, este estudo se propõe na investigação da proposta de uma educação problematizadora em espaços sociais estruturados sob o modelo societal comunitário. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão acerca do papel crítico, imparcial e provocativo da educação em meio a uma ordem social alheia à presença das contradições sociais. Fenômeno que traz algumas implicações que ultrapassam o cenário escolar, sendo este também afetado pelas condições culturais que formatam a vida social local. Apresenta-se a escola como uma extensão ou continuidade dos demais espaços, como a família, destacando-se mais pela funcionalidade sociocultural em razão da socialização do que pela problematização da realidade social. E neste sentido, se coloca um impasse de grande volto, uma vez que, a educação perde seu caráter crítico e contestador, portanto, de transformação social, para servir aos interesses de reprodução social. E mais, se sobrepõe à tradição local e às identidades a ela associada, como por exemplo, a religião e os costumes de cunho personalista. Assim, as categorias sociais se “naturalizam” em seus status e papeis sociais. De base qualitativa nos lançamos à análise e desconstrução desta realidade reificada objetiva e subjetivamente, tendo como apanágio a tensão entre o tradicional e o moderno; o racional e o pessoal; alienação e criticidade; pessoa e indivíduo. Substratos para pensar a relações sociais dialeticamente.