Este artigo apresenta uma análise dos aspectos históricos e sociais ligados ao proibicionismo das substâncias psicoativas e sua relação com o racismo estrutural na perspectiva de construir uma intervenção didático-pedagógica para o ensino da sociologia. A primeira abordagem se realiza com o objetivo de fundamentar as possibilidades didáticas em relação às "drogas" e as políticas proibicionistas, além de suas consequências sociais, principalmente para a juventude. A segunda seção, se destina a demonstrar a relevância fundamental do racismo estrutural no sistema capitalista de produção e a busca por uma nova justificativa para perpetuação da segregação e violência racial ancorada no proibicionismo. Já a última seção, propõe uma intervenção pensando as “drogas” como operador metodológico no ensino de sociologia, demonstrando a utilização das ferramentas combativas que o Estado estabeleceu contra estas substâncias e as suas consequências relacionadas com a perpetuação do racismo nas suas variadas formas.