Este artigo explora como a feminilidade é compreendida sob a ótica masculina em Herland (1915), de Charlotte Perkins Gilman. De modo a colaborar com o suporte teórico, traremos Bourdieu (2012), Butler (1990), Matiolevitcz (2018), dentre outros. Inicialmente, abordaremos sobre a autora e o viés feminista encontrado em suas obras. Em seguida, trataremos sobre outros aspectos como a maternidade, a feminilidade, o contexto histórico e a sociedade utópica encontrados na obra em questão. Com base nisso, examinaremos a obra com o propósito de evidenciar a perspectiva masculina sobre as mulheres encontradas nessa civilização, como elas são opostas ao conceito de feminilidade que a sociedade patriarcal possui. Esse estudo se pauta na surpresa e na frustração de três cientistas exploradores ao se depararem com uma sociedade oposta ao domínio masculino, independente, livre de subjugação e regida pelo matriarcado e pela sororidade: a Terra das Mulheres.