Este artigo tem como objetivo abordar as questões de cor, gênero e identidade presentes na obra A Cor da Ternura (1991) da escritora Geni Guimarães. Ao refletir sobre tais questões buscaremos mostrar a construção da identidade da personagem Geni, uma menina negra e pobre que sonha em concluir os estudos para se tornar professora e mudar o rumo de sua vida e de sua família, uma vez que o arquétipo da cor da pele sempre foi um fator determinante na vida da mulher negra, toda sua inferioridade advém do negro de sua pele, é esse negro que determina o que ela pode ou não fazer, sendo assim, analisaremos o processo de crescimento e autoafirmação da protagonista Geni. Tomaremos como aporte teóricos os postulados de Akotirene (2019), Spivak (2010), Anzaldúa (2000), dentre outros que enfatizam em seus estudos a temática da construção da identidade da mulher de cor.