O presente artigo surgiu dos debates e diálogos propostos pela disciplina “Saberes, processos de escolarização e formação humana na Amazônia” ofertada pelo Programa de Pós-Graduação em Educação na Amazônia (Associação plena em Rede – EDUCANORTE). Deste modo, a produção final para a disciplina contava com um relato de nossas experiências profissionais que pudessem expressar significância para a nossa formação humana e também estabelecesse relação com as temáticas que foram vivenciadas e socializadas na disciplina, assim, surge o presente relato que visa apresentar os resultados de um projeto de matemática desenvolvido com estudantes da Educação de Jovens e Adultos de uma escola pública municipal de Itacoatiara, no Amazonas, cujo resultados foram presentados na I Feira Amazonense de Matemática, na categoria Escolas Públicas de Educação Inclusiva, modalidade EJA. O projeto intitulado “Da informalidade a sala de aula de aula: A matemática do meu aluno” teve como objetivo investigar o processo teórico-metodológico para o cálculo matemático utilizado pelos estudantes em suas atividades profissionais na construção civil, realizando observações e comparações entre os métodos usados na sua profissão e os utilizados nas aulas de matemática. O aporte teórico tem suas bases em Almeida e Godoy (2016), Hora e Cruz (2019), Freire (2011) Magalhaes (2000), Villas-Boas et, al. (2016), Osorio e Costa (2021). A metodologia usada foi a pesquisa qualitativa, tendo como percurso investigativo a pesquisa de campo que possibilitou a compreensão das atividades profissionais dos alunos por meio das aulas de matemática. Os resultados alcançados constataram que ações desenvolvidas nas escolas públicas podem se fortalecer por meio de projetos de iniciativa das universidades, apresentando o saber e o fazer da matemática adquirida na informalidade da atuação do estudante enquanto, pedreiro/ajudante habilitado/ajudante proporcionado aos sujeitos envolvidos na investigação científica um compartilhamento de experiências exitosas com diversos grupos intergeracionais.