Estar pesquisadora em um cotidiano da Educação Infantil com crianças pequenas emerge a correspondência imediata de uma pesquisa etnográfica com uma observação participante e a construção de relações com todos os sujeitos envoltos no processo, entretanto, este artigo apresente resquícios do desafio de adotar a pesquisa-ação como metodologia em uma pesquisa de mestrado. As crianças - sujeitos coautores da pesquisa, apresentavam a direção na qual se deveria navegar e quais as implicações do percurso, assim, interconexões interessantes se colocavam e que hoje se delineiam neste escrito. Pensar em um professor pesquisador no cotidiano da educação infantil é perceber a criança como centro da ação pedagógica (bem como na metodologia de pesquisa) que apresenta ao educador em diferentes suportes e linguagens as múltiplas direções, tempos, espaços e relações também complexos. Contudo, este ensaio se inicia com fragmentos do percurso de uma pesquisa de mestrado e desta metodologia tão emaranhada e enredada, a pesquisa-ação com a apoio de perspectivas e autores como David Tripp (2005) e Michel Thiollent (2011), dialogando com a ideia de Pedagogias Participativas apresentadas nas conexões escritas de Julia Oliveira-Formosinho e João Formosinho (2013), nos permite, de certo, perceber a ação do professor pesquisador e seu cotidiano na Educação Infantil com o olhar de Carla Rinaldi (2021) e de como estar pesquisador não se encerra quando se está professor cotidianamente auscultando as crianças e suas variadas infâncias.