As plantas medicinais possuem propriedades fitoterápicas capazes de proporcionar benefícios para a qualidade de vida humana, sendo o estudo sobre a utilização destes vegetais algo que está interligado com o que se entende por etnobotânica, área que busca compreender a relação existente entre os seres humanos e as plantas, inferindo sobre aspectos do conhecimento popular e científico. Apesar de conviver com diferentes espécies de plantas, seja em casa ou até mesmo no ambiente escolar, dificilmente os alunos são incentivados a refletir sobre as potencialidades das plantas para obtenção de produtos com fins terapêuticos. Portanto, abordar de forma ampla a temática, sob o viés da etnobotânica, tende a estimular os estudantes quanto a associação entre os saberes tradicionais e científicos e estimular a interdisciplinaridade, por exemplo, entre as disciplinas de biologia, química, geografia e história. O objetivo deste trabalho foi dimensionar, a partir de uma análise quali-quantitativa e descritiva, as respostas obtidas em uma questão aplicada com estudantes do Ensino Fundamental, participantes do projeto PROLICEN/UFPB. Participaram da pesquisa 308 estudantes de uma escola pública estadual localizada em João Pessoa- Paraíba, sendo 154 estudantes do 7º ano e 154 do 8º ano. Na pergunta em que foi solicitado para os estudantes citarem três nomes de plantas medicinais os resultados foram o seguinte: 113 não fizeram nenhuma citação, enquanto os demais apresentaram as seguintes respostas: camomila (74), maconha (50), babosa (36), erva doce (34), capim santo (23), cidreira (27), boldo (58), hortelã (27), alho (5). Os dados foram analisados e indicaram a necessidade de maior divulgação, junto aos estudantes de educação básica, acerca da importância e potencialidade das plantas medicinais.