Atualmente compreende-se que o processo de aprendizagem acontece não apenas dentro das escolas, mas ao longo da vida, a partir do momento em que o individuo é inserido em uma cultura, em suas relações de trocas e partilhas de experiências. A atuação da psicologia escolar surgiu como um campo de especialização separatista, voltado para aplicação de testes que objetivavam avaliar o nível de aprendizagem e comportamento dos alunos. É importante pontuar que atualmente a prática da psicologia no ambiente educacional precisa ser atravessada pelo contexto histórico, social, politico e econômico em que estão inseridos todos os que fazem parte da comunidade escolar. Dessa forma o objetivo deste trabalho é descrever as dificuldades encontradas pelos profissionais da psicologia escolar para a ação de um trabalho que seja pautado em uma prática que se desvencilhe do modelo convencional e clínico de atuação. Partindo do pressuposto da necessidade de uma psicologia direcionada para uma ação de prevenção e promoção que procure atuar de forma significativa sobre os diferentes modos de sofrimento psíquico, ainda é percebido uma exigência por um modelo de atuação clínica, individual, lançado para correção de problemas. Método: Essa experiência está acontecendo nas Escolas da Rede Municipal de Riacho das Almas- PE, onde foi solicitada a atuação do psicólogo escolar nas 24 escolas que compõe a cidade. As intervenções do setor acontecem de modo grupal, através de oficinas, palestras e rodas de diálogos. Resultado e Discussões: A partir das intervenções ministradas com as equipes de gestão e coordenação escolar conseguiu-se esclarecer a dimensão teórico-prática do fazer psicológico que precisa estar aberto ao sujeito de modo coletivo na comunidade escolar, proporcionando disponibilidade para que essa relação de trocas aconteça, em um desvelamento necessário para a construção da psicologia escolar valorizando o processo grupal ao invés de priorizar apenas o resultado individual.