A gestão escolar é uma dimensão importantíssima da educação, pois possibilita observar a escola e os problemas educacionais globalmente, e a partir disso, pode se buscar uma visão estratégica e ações interligadas, a fim de abranger, tal como uma rede, os problemas que, de fato, funcionam e se mantêm em rede. Por isso, a trajetória do que a gestão pensa para a escola até materializa-se no chão da escola pode possibilitar uma grande discrepância entre teoria e prática, afetando diretamente as ações da gestão, como a formulação e a implementação dos programas e dos projetos escolares. Desse modo, o curso investigativo desta pesquisa desdobrou-se a partir das entrevistas e das vivências observadas em uma instituição de ensino pública, onde se objetivou analisar os desafios teóricos-práticos enfrentados pela gestão escolar na implementação dos programas e dos projetos extra escolares proporcionados pelas várias dimensões públicas (Federal, Estadual, Municipal). Além das vivências, a pesquisa teve embasamento em bases legais, como as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Art.12,1996) e autores que tratam sobre o assunto, como Luck (2015). As observações apontaram que mesmo com a importância dos ideais teóricos, havia uma grande discrepância entre teoria-prática, o que trazia transtornos e dificuldades para a gestora e sua equipe, atingindo os professores e estudantes. Esses transtornos e dificuldades eram de natureza que se estendiam desde a falta de infraestrutura até a ausência de formação profissional para a realização dos projetos e programas. Por fim, a análise conclusiva aborda e sugere um olhar fundamental para a formação inicial e continuada, como uma das ferramentas fundamentais para aproximar teoria e prática, além da importância de ouvir e conhecer a comunidade escolar, antes de implementar programas e projetos advindos de forma externa e com bases em realidades globais.