Este texto tem por objetivo suscitar reflexões quanto ao modo de pensar e desenvolver a prática da avaliação da aprendizagem. Partimos do pressuposto que é necessário sobrevoar esse campo de estudo – avaliação da aprendizagem – para encontrar pouso adequado nas vivências da formação, especialmente quando se trabalha nos cursos das licenciaturas. A abordagem metodológica centra-se na pesquisa (auto)biográfica com ênfase nas memórias e narrativas de formação. Tomamos a ideia do sobrevoo registrado nos escritos pineauiano quando trata de falar sobre a gênese das histórias de vida em formação, como “corrente da pesquisa-ação-formação-existencial”. Esse sobrevoo nos permite entender que a avaliação da aprendizagem pressupõe diálogo constante entre professor-alunos-alunos. Diálogos concernentes às vivências de conhecimentos prévios dos alunos, com fins de que a construção do conhecimento esteja ocorrendo e que, por certo, os caminhos se voltem para o desenvolvimento das competências e das habilidades tão necessárias a formação. Suscita olhares atentos quanto ao planejamento da proposta de formação e que a avaliação deva ser pensada em todos os momentos da construção do planejamento. Dos sobrevoos foi possível reconhecer que ter por base a situação-problema é instigante para vivenciar a realidade em que os estudantes estão inseridos e que levar os estudantes das licenciaturas a pensar sobre os instrumentos avaliativos e os critérios de avaliação pode ser um bom começo para sobrevoar e encontrar pouso sensível à formação no campo da avaliação da aprendizagem das licenciaturas.