Este texto é fruto de pesquisas na área dos estudos literários e de experiências docentes, tendo como escopo refletir acerca do Letramento literário, considerando-o como uma ação para além da leitura e da escrita; uma prática social, e como tal, responsabilidade de todos, e não somente da escola. Um experimento que pode ser vivenciado em espaços de práticas (não)verbais, que não necessariamente em práticas de leitura coletiva e/ou individual, seguidas de uma atividade escrita. Neste sentido, traremos aqui um diálogo acerca das narrativas de viagem/de aventuras que carregam em si subsídios para um trabalho na Educação Básica, com diversos gêneros discursivos e dos modos como se articulam, o que proporciona uma visão ampla das possibilidades de uso da linguagem, onde se inclui o texto literário. Assim, objetivamos trazer subsídios a alunos e professores no sentido de propiciar o desenvolvimento da capacidade leitora de textos literários, a partir da compreensão de como eles se estruturam e se organizam, e isso é condição necessária para que se desenvolva o prazer de ler esse tipo de texto. O presente estudo teve como suporte teórico Cosson (2007), Lajolo (2018) e Rosing (2012).