O envelhecimento populacional é uma realidade no Mundo. No Brasil, ocorre um processo de transição demográfica, que segue o padrão Mundial. Tal situação requer mudanças, especialmente nas políticas sociais e no Sistema de Saúde Pública, ponderando a necessidade de adequações. A violência contra o idoso é considerada um importante objeto de estudo para a atualidade, pois cada vez mais, tem-se evidenciado maus-tratos contra a pessoa idosa. Observamos que as publicações ainda são incipientes, no Brasil. Neste contexto, o objetivo desse estudo é identificar a prevalência da violência contra a pessoa idosa e proporcionar alternativas para minimizar ou tentar solucionar tal situação. Trata-se de um estudo de caráter ecológico, com abordagem quantitativa, na qual foram utilizados dados de domínio público extraídos da base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e dados fornecidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. A pesquisa foi conduzida com dados de todo o Brasil em cinco períodos de tempo entre 2017 a 2021. Foram incluídos nesse recorte as notificações de violências físicas contra a pessoa idosa na faixa etária de 60 anos ou mais. Os principais resultados desse estudo demonstram, que no período de 2017 e 2021 foram cadastrados Sistema de Informação de Agravos de Notificação cerca de 55.728 casos de violência contra a pessoa idosa no Brasil, a região com maior número de notificações foi o Sudeste com um total de 31.026 casos, e as demais regiões do país, foram notificadas com valores menos expressivos. Evidenciou-se que no Brasil ocorre uma alta prevalência de internações por fraturas na população idosa na região Sudeste, principalmente nas pessoas idosas com 80 anos ou mais, onde as mulheres idosas são as mais afetadas, todavia, a taxa de mortalidade é superior nos homens idosos.