A aprendizagem da língua materna, por meio da brincadeira, contribui, sobremaneira, para o desenvolvimento da autoestima e confiança dos discentes, frente às atividades de leitura e escrita no cotidiano escolar. Destarte, desenvolveu-se uma investigação, de caráter exploratório, por meio de observação in loco em 8 (oito) escolas da rede estadual de ensino da cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte (RN) com o objetivo de analisar a práxis docente no que concerne a utilização do lúdico enquanto instrumento pedagógico de ensino- aprendizagem da língua materna. A fundamentação teórica baseou-se em Coll, Martín, Mauri (2006), Gauthier (1998), Kishimoto (2000), Luckesi (2000), Piaget (1971, 1975), Santos (2009) e Vygotski (1991). Constatou-se que o trabalho docente, ainda, não possibilita a reflexão sobre a linguagem, vez que as estratégias didáticas reforçam a prática tradicional de transcrição e memorização de regras superficiais. Nesse âmbito, o uso de brinquedos e brincadeiras quase não era utilizado nas aulas. Este cenário diverge dos estudos teóricos que reforçam a importância do brincar em todo processo socioeducativo da criança e conferem a certeza de que o lúdico não se efetiva na prática docente, destas escolas, como um aliado ao ato de aprender.