Este trabalho é parte das leituras e discussões estabelecidas no subprojeto do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à docência (PIBID), do curso de Educação Física do CAMEAM/UERN. Nesses encontros, objetivou-se compreender como o conceito de professor pesquisador/reflexivo contribui para pensar a prática pedagógica. Compreende-se, pois, esse professor como aquele que concebe a prática profissional como um momento de construção do conhecimento, através da reflexão, análise e problematização, isto é, como um momento de refletir a ação e agir após a reflexão. Para essa compreensão foi utilizada a pesquisa bibliográfica, na qual tomou-se por aporte teórico autores como Selma Garrido Pimenta, Marli André, Paulo Freire, Jacques Ardoino, entre outros. Discutiu-se, em primeiro lugar, o professor pesquisador/reflexivo como proposição interessante para pensar em uma prática pedagógica engajada numa práxis, uma vez que este tem como intuito mais que buscar novos conhecimentos e transferi-los, buscando refletir sobre sua ação constantemente. Por conseguinte, a reflexão se apresentou como elemento indispensável para a constituição de uma ação pedagógica consciente e sólida, visto que oportuniza ao professor passar por um processo de autorreflexão em que torna-se sujeito do seu próprio agir na escola e na vida. Nesse sentido, a ação reflexiva proporciona ao docente uma pluralidade de possibilidade de ação, através da qual ele, por meio de uma intenção pedagógica, poderá oportunizar aos alunos um ensino no qual obtenham um conhecimento que os leve a refletir e construir suas opiniões a respeito de si e do mundo. Diante disso, a pesquisa se apresenta imbricada no ensino, uma vez que o professor, para oportunizar uma prática consciente, deve partir de uma ação refletida, residindo ai a ação investigativa. As leituras realizadas para a composição deste estudo possibilitaram, portanto, uma aprendizagem existencial, haja vista que, por meio da reflexão e da pesquisa, foi possível perceber que enquanto sujeito, ao mesmo tempo, se está pesquisando e sendo pesquisado. Verificou-se, portanto, que a práxis não se dá como algo externo ao ser, mas que está imbricada ao existir.