O objetivo do presente trabalho é analisar as possibilidades de aproximação, na atualidade, entre pais e filhos a partir do brinquedo. Pretende-se refletir sobre o estado atual da relação pais e filhos, mediada pelo brinquedo, e conhecer as mudanças que ocorreram em torno dos conceitos, usos e significados do brinquedo. Desta forma, parte-se do pressuposto segundo o qual o brinquedo é um instrumento portador de significados preestabelecidos, imagens e representações culturais. Parte-se, também, da ideia segundo a qual o brinquedo, na brincadeira, contribui para a formação motora, cognitiva, afetiva e social da criança. Para a abordagem do tema realizou-se uma pesquisa empírica, de caráter qualitativo, com o uso de entrevistas semiestruturadas feitas com dez pais que possuem seus filhos matriculados numa escola municipal na cidade de Areia Branca, RN. O interesse por abordar este tema, a relação de pais e filhos a partir do brinquedo, surgiu da leitura de reportagens e relatos contemporâneos que indicam um distanciamento entre pais e filhos durante a primeira fase da infância. A partir disso, surgiram alguns questionamentos, a exemplo de: qual a contribuição do brinquedo para a relação entre pais e filhos? Os pais brincam com seus filhos nas instituições escolares, na casa ou no parque? Como os pais enxergam os brinquedos tradicionais, folclóricos ou universais e os brinquedos atuais, ou geracionais? Para o embasamento teórico foram utilizadas obras de Phillipe Ariès, Walter Benjamim, Gilles Brougerè e Tizuko Kishimoto, dentre outros autores que discutem o tema. Dentre outros aspectos, chega-se à conclusão de que a televisão é um componente influente no contexto atual na relação entre pais e filhos mediada pelo brinquedo.