INTRODUÇÃO: A abordagem social construída em torno das concepções sobre sexualidade com os adolescentes é constantemente dialogada a partir de conceitos biológicos, principalmente quando o diálogo ocorre no ambiente escolar, de forma que o sistema educacional se apropria da biologia como disciplina proveitosa e suficiente para que os alunos tenham conhecimento sobre sexualidade. A sexualidade ainda se constrói com o desafio de ser introduzida e discutida no meio social, tanto por fatores históricos e culturais que impendem a discussão, como também por influência de conceituações biológicas, limitando a possibilidade de moldar ideias sobre os comportamentos, prazeres e sentimentos que estão ligados à sexualidade. Direcionando a atenção ao ambiente escolar, instituição em que crianças e adolescentes passam maior parte do dia, o qual constroem conhecimentos, estabelecem laços afetivos e compartilham com companheiros da mesma faixa etária, expondo dúvidas, interesses e angústias entre os grupos de jovens alunos sobre diversos assuntos, incluindo as questões sexuais e da sexualidade. A escola se torna um ambiente privilegiado de realizar atividades sobre educação sexual, pela grande quantidade de jovens alunos em disposição de aprender, discutir e refletir sobre fatos sociais e pessoais. OBJETIVO: A partir da revisão literária, objetiva abordar a respeito da sexualidade no ambiente escolar e de como os profissionais educadores possibilitam a discussão sobre o tema nas salas de aula, além de analisar nos artigos a temática relacionada a representação social que os docentes tem sobre a sexualidade. METODOLOGIA: Realizada uma pesquisa bibliográfica, utilizou-se artigos publicados na plataforma SCIELO e LILACS, encontrados em periódicos nacionais, datados no período de publicação de 2008 a 2013, os quais apresentassem os seguintes descritores: sexualidade, formação de professores e representações sociais, sendo esses os critérios de inclusão na pesquisa, e os critérios de exclusão se moldam em não apresentar as características supracitadas. RESULTADOS: Foram utilizados artigos de profissionais da área de saúde (Enfermagem e Psicologia) e humanas (Letras, Antropologia e História), os quais trazem concepções biológicas e sociais abordando sobre o tema nas escolas, com os adolescentes e também a representação social que os docentes e alunos têm a respeito da sexualidade. Na análise criteriosa dos artigos foi possível dividir o tema em três categorias: a primeira traz as abordagens da sexualidade em uma visão biológica e preventiva, objetivando analisar como os adolescentes tem conhecimento dos métodos preventivos e do corpo feminino e masculino; a segunda sobre a utilização de instrumentos como meios informativos e os quais têm como alvo o público adolescente; e a terceira traz a representação dos docentes e o vínculo da educação com o tema da sexualidade e as influências que trazem ao aluno na inserção da discussão no ambiente escolar. CONCLUSÃO: As discussões e reflexões sobre sexualidade devem ser esclarecidas, reformulando as barreiras construídas sobre o tema, de forma que o projeto de educação/orientação sexual nas instituições contribui para a qualificação dos docentes, facilitando o diálogo e esclarecendo com os alunos sobre a diversidade de temas que adentram no conceito de sexualidade.