TANTO DURANTE SEU SURGIMENTO QUANTO SEU DESENVOLVIMENTO A PSICOLOGIA SERVIU, MUITAS VEZES, PARA PERPETUAÇÃO E CRIAÇÃO DE ESTIGMAS CONTRA MINORIAS. PODEMOS TOMAR ESSE PASSADO COMO UMA FORMA DE SABER COLONIZADOR QUE POR MUITOS ANOS NORMATIZOU E PATOLOGIZOU IDENTIDADES AO LADO DA MEDICINA E PSIQUIATRIA. APÓS O INÍCIO DAS LUTAS PELA DESPATOLOGIZAÇÃO DAS IDENTIDADES GAY, LÉSBICAS, BISSEXUAIS E TRANS SURGIU A PROPOSTA DA TERAPIA AFIRMATIVA: UM MODELO TRANSTEÓRICO QUE PARTE DO PRINCÍPIO QUE A MAIOR TAXA DE ADOECIMENTO MENTAL ENTRE A POPULAÇÃO LGBTQIA+ DÁ-SE PELOS EFEITOS DE ESTRESSORES DE MINORIA CONTÍNUOS, MARCADOS PELA ESTIGMATIZAÇÃO E PRECONCEITO CONTRA ESSAS PESSOAS. OS TERAPEUTAS AFIRMATIVOS ENTENDEM A PLURALIDADE E COMPLEXIDADE DA SEXUALIDADE HUMANA, ACOLHENDO E VALIDANDO QUAISQUER QUE SEJAM SUAS EXPRESSÕES E DOTANDO O SUJEITO DE MECANISMOS DE LUTA E RESISTÊNCIA CONTRA OPRESSÕES SISTÊMICAS. O ESTRESSE DE MINORIA SALIENTA SITUAÇÕES QUE SÃO VIVIDAS APENAS PELOS GRUPOS ESTIGMATIZADOS E DISSIDENTES DA CIS-HETERONORMATIVIDADE. SOMAR À ESSA PERSPECTIVA UMA ANÁLISE INTERSECCIONAL, NOS TORNA CAPAZES DE EXPLICAR E APONTAR OPRESSÕES SISTÊMICAS QUE SOBREPOSTAS GERAM AINDA MAIS ADOECIMENTO E SOFRIMENTO. BALIZANDO E INTEGRANDO ESSES CONCEITOS É POSSÍVEL FAZER UMA CLÍNICA PSICOLÓGICA QUE RESPEITE, VALIDE E APRENDA COM MODOS DE EXISTIR E VIVER QUE SÃO PRODUZIDOS POR ESSES SUJEITOS. ATUAR COM UMA PROPOSTA AFIRMATIVA DIZ RESPEITO A TRATAR COM EQUIDADE E RESPONSABILIDADE MULTICULTURAL A DIVERSIDADE SEXUAL SEM SE ESQUECER DOS DETERMINANTES CULTURAIS QUE LEVAM AO ADOECIMENTO DE PESSOAS LGBTQIA+.