PARTINDO DE PROVOCAÇÕES DA TEÓRICA E POETA NEGRA TATIANA NASCIMENTO (2019) SOBRE A IMPOTÊNCIA DA CULPA BRANCA, ESTE TRABALHO PROPÕE UMA REFLEXÃO ATIVA SOBRE COMO O DESEJO GAY BRANCO CONSTRÓI DISCURSOS DE OBJETIFICAÇÃO SOBRE CORPOS RACIALIZADOS. ATRAVÉS DA ANÁLISE FÍLMICA DE DOIS CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS RECENTES, O PERNAMBUCANO “O PORTEIRO DO DIA” (FABIO LEAL, 2016) E O CARIOCA “VIGIA” (JOÃO VICTOR BORGES, 2018), AMBOS DIRIGIDOS POR CINEASTAS GAYS BRANCOS E COM NARRATIVAS QUE ABORDAM RELACIONAMENTOS INTERRACIAIS, INTERROGAREMOS A FIGURA DO “CAFUÇU” ENQUANTO UMA CATEGORIA DE FETICHE E FANTASIA HOMOSSEXUAL. ESTABELECENDO UM DIÁLOGO COM DIFERENTES EXPRESSÕES ARTÍSTICAS BRASILEIRAS AO LONGO DA HISTÓRIA - DA LITERATURA A PINTURA, PASSANDO PELA MÚSICA POP -, BUSCAREMOS DEMONSTRAR COMO ESSES RETRATOS DE HOMENS NEGROS SEXUALIZADOS CONFIGURAM “IMAGENS DE CONTROLE”, COMO FORMULADAS POR PATRICIA HILL COLLINS (2019), QUE AUXILIAM NA PERPETUAÇÃO DE ESTEREÓTIPOS NOCIVOS SOBRE A SEXUALIDADE E MASCULINIDADE NEGRA.